O motivo da construção e a escolha do local deve-se ao fato de que o Brasil estava prosperando nos anos 60, a economia crescia 10% ao ano e a população se multiplicava rapidamente. Em 3 décadas a população atingiu 170 milhões de habitantes e o país se tornou um dos dez mais populosos do mundo e isso certamente gerou uma demanda enorme por energia. O governo se viu na obrigação de encontrar um meio de atender a futura demanda energética da população ou haveria uma crise econômica. O país não tinha petróleo e gás suficiente e nem mesmo dinheiro suficiente para para importar combustíveis. Alguém então teve a idéia de usar um recurso abundante e gratuito: a água. 10% de toda a água doce do mundo está no Brasil, seus 40 mil quilômetros de rio podem dar a volta no planeta. O rio precisaria ter o volume de água o bastante para produzir a energia necessária, deveria fluir por margens estreitas e ter um leito rochoso forte o bastante para suportar o peso de uma barragem. O rio Iguaçu era candidato, entretando só possuía 1/8 da água necessária para a usina. Um a um os engenheiros verificaram outros cinquenta locais e finalmente o lugar perfeito é encontrado: o rio Paraná. Por sua extensão e características, foi o mais viável.
O projeto ficou suspenso por sete anos devido à negociações que foram feitas entre Brasil e Paraguai. Em Maio de 1975 iniciou-se a construção, foi necessário a construção de um canal artificial com 2 quilômetros e extensão de 80 metros de profundidade para desviar temporariamente o rio do canteiro de obras da usina. Depois de construída, a barragem transformou o vale do rio Paraná num gigantesco reservatório, uma área duas vezes maior que Chicago foi coberta por 100 metros de água. Outro fator importante na construção foi a questão ambiental, durante a construção e antes da inundação do vale os ambientalistas analisaram e resgataram grande parte da fauna da região, assim como os moradores que foram indenizados para que deixassem duas casas.
Esquema de barragem

Houve uma interrupção durante a construção quando foi descoberto um problema com o leito. Embora o levantamento geológico tenha confirmado a qualidade do leito, os engenheiros encontraram uma camada de rocha fraca que precisou ser reforçada com concreto de alta resistência. O problema foi resolvido mas além do atraso de meses, gerou 20 milhões de dólares ao orçamento. Com o trabalho chegando ao fim, foram construídos 18 blocos de concreto como parte da estrutura, cada um deles quatro vezes mais alto que a Estátua da Liberdade de New York e foram construídos e montados separadamente.
Em Outubro de 1982 a obra é concluída, as comportas foram abertas e o rio volta a fluir por seu curso original, enchendo o reservatório. A medida em que a água subia, uma enorme pressão foi aplicada nas barragens, o reservatório levou 14 dias para encher até sua profundidade final de 100 metros. Nove anos depois a etapa final de Itaipu foi realizada, com a barragem terminada teve início o trabalho da usina hidrelétrica. São erguidos 18 grandes tubos para direcionar a água as turbinas, que pesam 800 toneladas. No centro de cada turbina há um rotor que faz girar imãs dentro de uma turbina de cobres para produzir eletrecidade, embora tenha mais de 16 metros de diâmetro, o rotor precisou ser instalado com uma precisão 1/10 (um décimo) de milímetro. A maior parte da energia gerada por Itaipu é destinada à São Paulo e Rio de Janeiro, suprindo a demanda energética de 24 milhões de pessoas.
Curiosidades:
As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro ficam a mais de mil quilômetros de distância da usina.
As linhas elétricas da usina são longas o bastante para circular o globo uma vez e meia.
6 comentários:
Super interessante,gostei muuuuito!!
Muito bom
muito bom,e eu que estou estudando sobre isso
Bão
Muito útil
Só lamento, e muito, que as Sete Quedas de Guaíra tiveram que desaparecer por isso. Para quem não sabe, Sete Quedas era a maior queda d'água do mundo, em vazão.
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